quinta-feira, abril 21

Sobre o que se tem preso na garganta

Olhou pra dentro e procurou o que poderia ser dito.
Encontrou desabafos, encontrou lembranças, encontrou vontades e desesperos e grandes vazios e campos floridos também e encontrou sonhos novos e esquecidos, dores na barriga e na cabeça, encontrou desilusão e esperança, enfim, encontrou uma colcha de retalhos, então resolveu se aquecer nela e dormiu.
Faz frio no caminho pra casa.

(Darla)

sábado, abril 2

Sobre negligência

Que me perdoem aqueles a quem amo e que não ligo, não escrevo, não mando notícias.


Perdoem os dias não divididos, os abraços não dados e os cafés não tomados no dia frio na livraria da cidade.


E me perdoem por estar sempre invisível mesmo querendo falar um oi e dizer como vocês são importantes e como sinto sua falta.


Perdoem-me caros amigos. Os da escola, do antigo trabalho, dos blogs, da net, das afinidades descobertas ao acaso, da família, dos que dividem ou dividiram a mesma história. Penso em vocês e sempre penso no quanto gostaria de vê-los e conversar... mas sou sempre eu e minha velha negligência.


E agora, que o coração aperta de saudade, digo que talvez, infelizmente, a negligência permaneça, então só me resta pedir perdão por amá-los no meu silêncio.

(Darla)
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