Talvez você veja uma chama iluminar o canto, solitária, aquecendo a si mesma.
E ouça o silêncio que de tão alto, é companhia onde vazio vira aconchego...
Tantos em volta, horas tão corridas, rodas e homens e suas máquinas de fazer dinheiro e amigos.
E naquele peito palpitante, o par de engrenagens se atritando, consumindo ferro, mastigando dentes, engolindo a velha vontade de ir embora e de ser passarinho e pousar num alto cume ou na mão do dono e ser guardado, sobretudo no inverno.
O chão é duro para quem pisa leve e brotam bolhas em quem anda calado.
Alguém que só queria ver flores da janela e respirar paz pelas manhãs e saber sua identidade,encontrar sua digital.
(Darla)