terça-feira, setembro 30

Seguir... (mas pra onde?)


















Sigo pela estrada,
Sigo sem destino,
Cabelo ao vento,
Olhos perdidos,
Respiração alterada...

Sigo...
Mas sigo na esperança de voltar...

Sempre se retorna à velha casa,
Aos velhos sonhos,
Aos que passaram,
E principalmente aos que permaneceram
Porque não soubemos esquecê-los.

Por isso prossigo...
E permaneço...
Parto, mas parte de mim fica.

Vou deixando meus passos pela estrada na fé de ser encontrada...
De ser resgatada...

Mas eu sigo...


“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”

(Darla)

domingo, setembro 28

Cuidado














Cuidado...
A carência da humanidade,
O que mais precisamos.

Não são carros,
Não são viagens,

Apenas cuidado.

Porque não se tatuar ao outro?
Porque tanto medo de se doar?
Porque tanta resistência?

Na busca do algo mais, perde-se o que era mais,
No anseio pela intensidade,
Perde-se a oportunidade de viver o delicioso...

Cuidado!

Falta cuidado...

É isso que queremos...

Só cuidado...

(Darla)

sábado, setembro 27

Hoje



Hoje é mais um daqueles dias em que preciso me despir,
Em que quero quebrar,
Desfazer para poder enfim construir.

Desejo por gritar,
Um grito de alma que eu mesma posso ouvir,
E me desvencilhar,
E me livrar,
E me prender,

Me permitir,
Me sacudir,
Amarrotar...

Hoje quero me despir do que aprendi,
Do que devo,
E do que sei.

Quero provar do que não provei,
Tocar o que não sei,
Andar por onde não imaginei.

Sonhar o sonho comum
E vivê-lo enfim sem tanta metáfora,
Sem tanta ilusão.

Só sentir, e sentindo prosseguir e rir pra vida e não me queixar
Ou então chutar sem nem ligar
Qual problema em querer ser assim?
De qualquer maneira
Sem fazer o mal?

Só querer sorrir ou não?

Sem a força da ocasião
Poder procurar quem a gente quer
E beijar na hora do almoço
E pular de um penhasco
E permanecer inalterada pra nova dança...

Que mal há?

(Darla)

Eu e as outras...















Sim
Sou eu e muitas
Entrelaçadas
Misturadas
Diluídas
Um espectro
Com todas as cores
Todas as luzes

Não me contenho
Não me economizo
Não me detenho
Quando sinto
Só sei sentir

Nebulosa em meio ao mistério que ainda não desvendei
Intensa na dor e no amor
Irremediável nos ideais e nos sonhos

É assim que sigo

E te chamo

. . .


(Darla)
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