segunda-feira, janeiro 18

“Terque”


Engolidos pelo “terque”
São estes que vêm pela estrada com olhos cansados, passos na direção do fluxo e um só objetivo: conjugar o verbo “terque”.

O metrô passa cortando o vento: é preciso pular pra dentro e pra fora, é preciso agilidade.

O ônibus passa, o sinal não abre, ele se vai e tomados pela impaciência, respira-se o rastro da fumaça: é preciso acelerar o passo, é preciso não mastigar, não digerir e competir.

Prontos para a guerra: a guerra travada no trânsito, no trabalho, na calçada e dentro de si.

“Temquese” omitir palavras de amor, “temquese” ter o pé atrás, duvidar e desconfiar, “temquese” abster do crescimento dos filhos, da carência da esposa, dos amigos que só queriam um telefone seu, do sorvete na pracinha, dos pássaros que nascem e voam todos os dias, dos dias que passam e que não voltam.

Era uma tarde de domingo quando você se sentiu feliz e leve, então por que se preocupava com a cartilha de tarefas do trabalho da segunda?:a cada dia não basta seu mal?

Não se temque nada
A não ser, ser feliz!

(Darla)

5 comentários:

Anônimo disse...

Be happy, it's the question!
Depois alarde, repasse logo àlguém!

Priscila Rôde disse...

Verdade!
Cada dia traz consigo o seu peso, vamos carregar um por vez, no seu determinado tempo.

Bela mensagem!

Música e Caipirinha disse...

Perfeito rei ! ..tudo ao mesmo tempo agora.. uma coisa de cada vez.. =]

Bruno Moraes disse...

Muito bom mesmo.

Esse maquinário que o século colocou no nosso peito é uma porcaria. Já somos homens a vapor, imensos computadores que ficam fazendo cálculos de probabilidades de se engordar, de perder um compromisso, de terminar um namoro, de morrer amanhã, de viver na miséria...

Não sei se o que nos move são nossas dúvidas ou os nossos desesperos.

Mas estou muito ocupado agora sofrendo por antecipação os problemas de amanhã para pensar nisso!

Anônimo disse...

Haha, adorei o "terque"!

Anônimo anônimo

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