sábado, julho 17

Andança

Ao longe, as catedrais badalavam seus sinos
E ao longo da rua havia gente perambulando, vendendo e comprando rendas, homens e amendoins torrados, meninos com peões, sandálias subindo as ladeiras, saltando as poças, esperando,
buscando.
Os sinos tilintavam em seus ouvidos e os dentes acompanhavam a melodia no ranger,
As narinas dilatavam na expiração e o vento vez ou outra agitava o vestido.
Então fechou os olhos como quem dorme, depois como quem chora, depois como quem ora, depois como quem conclui.
Concluiu, mexeu os lábios pra um lado só, daí mordiscou o inferior.
Falou algo, mas não quis ouvir por mais que ela quisesse que fosse ouvido.

Daí pensou, seguiu, parou, olhou pra trás, pra frente, abriu a porta e se foi.
Tive pena de tudo quanto ela era e que não é. Muita pena.

(Darla)

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