domingo, fevereiro 22

Doce sina

 
Sempre se olhava, mas nem sempre se via.

Eu só observava
Observava os olhos fugitivos
Os olhos de ressaca fingindo não se ver.

E minha alma ficava imensamente penosa
pelos olhares indeterminados sobre si mesma.

Então passaram alguns ventos,
mares e tempestades,
Até dias de sol a pino.

E num dia em que observava não mais com expectativas, mas só curiosamente, tive a maior surpresa e alegria que poderia esperar.

Um olhar como nenhum outro
Um lançar de olhos sobre si que a revirava
Um olhar de ondas que renovavam tudo
Um olhar de céu que só tinha estrelas
E de sorriso descobridor
Apaixonado, louco por vida
Um olhar colorido sobre uma vida até então preta-e-branca.

E aquele olhar fez até minha vida de observar parecer mais interessante.
A fez valer à pena.

Vê-la olhar para si daquele modo e perceber que se via
Fez-me pegar a mala e partir a fim de observar outros olhares.

(Darla)

Um comentário:

Sal Troccoli disse...

Pare na sua página, eu li tudo e achei-a encantadora, deixo o meu nome como um souvenir e convido-vos a visitar a minha página ver o que você pensa.

Meus abraços e até sempre.

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