
Pousou na cabeceira pra esquecer
do verso triste que se leu
dos momentos nas ruas por onde passou.
E cortando a luz da tarde morna
encontrou descanso ao móvel mudo
e deitou seus olhos sobre os cabelos em flor.
Jaz a luz rompida sobre o chão de giz
de um quarto cheio de seus bibelôs
livros antigos e cheiro cassis.
Um lugar que outrora acolhia gente
quase que podia senti-lo quente
mas agora era só
vazio e dor.
E o silêncio de terça ensolarada
abraçou paredes
abafando
do verso triste que se leu
dos momentos nas ruas por onde passou.
E cortando a luz da tarde morna
encontrou descanso ao móvel mudo
e deitou seus olhos sobre os cabelos em flor.
Jaz a luz rompida sobre o chão de giz
de um quarto cheio de seus bibelôs
livros antigos e cheiro cassis.
Um lugar que outrora acolhia gente
quase que podia senti-lo quente
mas agora era só
vazio e dor.
E o silêncio de terça ensolarada
abraçou paredes
abafando
uma respiração quase cantada
da boneca de rosto porcelana
deitada sobre folhas avulsas
rabiscadas de joaninhas e amor.
Foi tudo o que viu
tudo o que pode ver
tudo o que quis se ver
naquela tarde
que de tão comprida
era mais que meses.
Tão vasto era o mistério ali
tão limitada a compreensão
que ignorou-se o pedido rouco
de uma voz serena
em meio a papel.
[suspiro de indignação]
E assim
pousou e se foi
sem perceber o coração batendo
no peito aberto de uma boneca
que agora lamenta sobre os versos soltos
de joaninhas que não se trazem sorte
e criados –mudos que nunca falarão.
Na
Naranara
Naranarara
...da boneca de rosto porcelana
deitada sobre folhas avulsas
rabiscadas de joaninhas e amor.
Foi tudo o que viu
tudo o que pode ver
tudo o que quis se ver
naquela tarde
que de tão comprida
era mais que meses.
Tão vasto era o mistério ali
tão limitada a compreensão
que ignorou-se o pedido rouco
de uma voz serena
em meio a papel.
[suspiro de indignação]
E assim
pousou e se foi
sem perceber o coração batendo
no peito aberto de uma boneca
que agora lamenta sobre os versos soltos
de joaninhas que não se trazem sorte
e criados –mudos que nunca falarão.
Na
Naranara
Naranarara
(Darla)
[*escrito ao som (melodia) de ‘versinho número um’ da Mallu]
3 comentários:
os criados-mudos falam em seu silêncio.
lindo poema!
Minha nossa, que lindo! :O
Os criados mudos são bons ouvintes.. adorei sua arte reizim =]
Beijo e fique com Deus.
Postar um comentário