domingo, maio 17

. . .



Eu estarei assim, aqui
Na eterna e já costumeira sensação da falta do algo
Estarei ali, no local acertado, sob a luz perfeitamente riscada pelo pintor
As rendas sobre o colo
Flores e seus cheiros misturados aos cabelos
E o olhar tristonho e longe [como deve ser]
E nos lábios a sede
[nítida]
Dedilhando a mim mesma
Contando as marcas da vida
Os pés cansados e lançados sobre o mato, ah...o mato cheio daquela umidade quente do solo que me grita: plante-se a mim.
Eu continuarei aqui
Como tela
A pintura
Como exige a arte [a minha]
Enfeitando as paredes e janelas dos outros mundos
Das outras vidas
Dos que respiram.

(Darla)

2 comentários:

Anônimo disse...

Amiga..

amiga...

Nem li seu post (rs) tô uma pilha aki ...

Tô variando demais, ora tá td bem, ora tá td ruim, estanho.. com pensamentos depressivos, ou com uma alegria sem razão..


aff...

Cris França disse...

que bonito
sensível e inteligente!
gostei, me identifiquei com o texto
Um abraço!

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